quinta-feira, 1 de maio de 2008

O B S E R V A Ç Ã O   D E   A V E S

Foto: © Daniel De Granville, 2007


Fazer turismo científico não se limita a participar de longas viagens para lugares distantes, dentro de um roteiro organizado pelas operadoras especializadas. Entusiastas da vida selvagem, às vezes sem mesmo saber, podem ter um papel muito importante na ligação entre lazer e pesquisa.

O melhor exemplo vem da observação de aves, atividade que movimenta bilhões de dólares anualmente. Já são bastante difundidos na Europa e Estados Unidos os “bird counts”, contagens voluntárias de determinadas espécies ou grupos de espécies durante certas épocas do ano. Estes dados são então compilados e utilizados por ornitólogos em suas pesquisas acadêmicas. No Brasil, o Centro de Estudos Ornitológicos – CEO realiza prática semelhante todos os anos no Parque Ecológico do Tietê (São Paulo) e outros pontos. Tal atividade vem recebendo a denominação de “ciência cidadã”.

Em países como o nosso, onde a grande diversidade de espécies, as dimensões continentais e as limitações orçamentárias à pesquisa são barreiras ao avanço científico, a participação destes entusiastas pode ter grande importância no apoio aos pesquisadores. Não são poucos os casos em que observadores e fotógrafos de vida selvagem, sem necessariamente terem formação acadêmica, descobrem durante suas atividades espécies de difícil registro em determinadas localidades, ou aspectos comportamentais (alimentação, reprodução, migração, defesa de território) nunca antes descritos pela ciência.

Um caso recente é o do caboclinho-de-são-paulo (Sporophila bouvreuil saturata), que ficou desaparecido por mais de 100 anos até ser reencontrado por acaso pelo publicitário e fotógrafo Antônio Wuo na região de Mogi das Cruzes (SP). A ave virou tema de Mestrado da bióloga Érika Machado, do Laboratório de Ornitologia da USP (leia a história completa).


.:Saiba mais sobre observação de aves no Brasil:.

Observação de Aves (Repórter Eco, TV Cultura - jul/2006)
ler texto | ver vídeo

Olha o Passarinho, por Sérgio Túlio Caldas
(Revista Globo Rural, ago/2007)

Aves à vista, Por Andréa D’Amato
(Revista Vida Simples, abr/2008)

Observando Aves no Planalto da Bodoquena, Por Tietta Pivatto
(Portal Bonito, 2006)

As aves que aqui gorjeiam, por Marcelo Maragni
(Revista Host, set/2005)

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Um comentário:

Paula disse...

Adoreiii o blog!!
principalmente esse parte sobre ORNITOTURISMO.
Faço Ciencias Biologicas e penso futuralmente em especializar-me nesta area!

Abraço!!