sábado, 10 de maio de 2008

O   P A N T A N A L


Maior planície inundável de água doce do mundo, o Pantanal espalha-se por 210 mil km² pelo Brasil, Bolívia e Paraguai – uma área equivalente à Inglaterra e Escócia somados. A parte brasileira, que corresponde a 2/3 do total (ou 140 mil km²), ocupa parte dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

A abundância de fauna – que inclui 130 espécies de mamíferos, 460 espécies de aves e 260 de peixes – faz da região um dos destinos prediletos por ecoturistas e pesquisadores em busca de atividades especializadas, como a observação de aves e o turismo científico. A vegetação predominante de savanas abertas facilita o encontro com animais como jacarés, capivaras, tamanduás e até onças, além de araras, tucanos, tuiuiús e inúmeras aves de menor porte.

Não se trata de um ambiente uniforme. O Pantanal sofre forte influência de outros ecossistemas brasileiros que o rodeiam, como o Cerrado a leste e a Amazônia ao norte. Este mosaico, que permite dividir a planície em 11 sub-regiões, explica em parte a abundância e diversidade da fauna associada às diferentes formações vegetais. Outro fator de grande influência são as duas estações do ano extremamente contrastantes: na época das cheias, geralmente de novembro a abril, grande parte do Pantanal fica coberta por uma extensa lâmina de água. No restante do ano, quando as chuvas cessam e chega a seca, o ambiente adquire características quase áridas.

A economia pantaneira baseia-se na pecuária extensiva (são cerca de 4 milhões de cabeças de gado), na pesca e no turismo, além de atividades recentes e que apresentam uma grande ameaça ambiental, como a agricultura em larga escala nas planícies ao redor e o corte de madeira para produção de carvão utilizado na siderurgia.

Mas não só a natureza é peculiar: a cultura do pantaneiro é bastante diferente daquela que encontramos no restante do país. A colonização efetiva da região atrasou quase 300 anos em relação ao leste do Brasil, tendo iniciado efetivamente no final do Século XVIII. Isto atrasou também o processo de intervenções sobre o ambiente natural. Pela maior proximidade com os países vizinhos do que com os grandes centros brasileiros, a culinária, a música, o linguajar e a vestimenta de quem vive no Pantanal são um atrativo à parte. A sopa paraguaia e o tereré, a dança do siriri, a guaiaca e o arreador são alguns dos aspectos interessantes a se conhecer durante uma visita.

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